terça-feira, 10 de março de 2009

Quando eu me perdi, eu percebi que tinha me encontrado

Sabe aquela frase que você é só mais um no meio da multidão? E mesmo sendo cercado de mil pessoas você se sente solitário? Pois é... Eu também já me senti assim.
Parece que tudo pàra por mais movimentado que esteja e você pensa no que está acontecendo! Eu parei a um tempo e começei a ver como tava sendo minha vida.
Passou um filme em minha cabeça e vi que era agitada, que eu era risonha, que demostrava felicidade mas que eu também tinha meus momentos de exclusão, meus momentos de tranquilidade, meus momentos de dúvidas, incertezas, tristezas. Diferentemente de muitas pessoas, eu não fico aparentando esse meu lado mais carente.
Já parei pra pensar inúmeras vezes porque eu saiu tanto, porque eu gosto tanto de agito, porque não consigo ficar um final de semana sussegada em casa... E quando estou vendo tv, fico imaginando e lembrando como é bom um momento desse, um momento de relaxamento, um momento que ficaria ainda melhor se houvesse uma companhia. De momentos assim eu assumo, eu sinto muita falta. Sinto falta de ser mais quieta, de ser mais reservada, de ser algumas coisas mais talvez...
Mas ao mesmo tempo bate aquele capetinha na mente, e ele diz: "você não vai sair hoje? a noite vai ser ótima! Ah não... você não pode perder..." e com os dois pensamentos diferentes em uma só cabeça eu começo a ficar confusa e quando vi, lá estou eu, chegando de madrugada da noitada. As coisas mudam, e com o tempo a gente se cansa da rotina. Ir na noitada já virou minha rotina a tempos. Acho que por isso tenho dado tanto valor a ficar sentar no sofá um domingo inteiro, a ficar uma sexta feira vendo filme.... me dá até prazer em dizer: vou ficar em casa.
Acho que são dessas pequenas coisas que hoje eu preciso, de ficar comigo mesma, de aproveitar mais a minha companhia, de querer estar mais comigo num momento mais calmo. Eu já não quero mais noitadas mirabolantes, não quero festas que todo mundo vai, não quero lugares badalados... Eu quero mesmo é buscar uma tranquilidade, um lugar novo, pessoas novas...
Na verdade eu penso em encerrar ciclos.... E se insistirmos em permanecer nele mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Isso acontece comigo hoje, eu saiu, eu curto o começo da festa, chega no meio eu já estou cansada, já não acho mais tanta graça assim e fico louca pra ir embora por mais animado que esteja.
Pelo visto esse meu ciclo de noitadas consecutivas e praticamente sem limite, tá chegando ao fim.
Hoje tento mudar, preciso de outras novas etapas na vida, de outras mais amizades, de outros mais momentos e até mesmo um outro amor. Acho que meu sussego momentâneo não pode se denominar carência e nem baixa auto-estima, pelo contrário, isso é a certeza que to ficando cada vez melhor comigo mesma e cada vez mas segura de que que eu realmente quero. Acho que a frase que me justifica isso tudo é uma letrinha de música que eu adoro:

"Sempre chega a hora da solidão,
sempre chega a hora de arrumar o armário,
sempre chega hora do poeta a plêaide
sempre chega a hora que o camelo tem sede...
O tempo passa e engraxa a gastura do sapato
Na pressa a gente não nota que a Lua muda de formato
Pessoas passam por mim pra pegar o metrô
Confundo a vida ser um longa-metragem
O diretor segue seu destino de cortar as cenas
E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos
E já não vai mais ao cinema
(...)
A idade aponta na falha dos cabelos
Outro mês aponta na folha do calendário
As senhoras vão trocando o vestuário
As meninas viram a página do diário
O tempo faz tudo valer a pena
E nem o erro é desperdício
Tudo cresce e o início
Deixa de ser início
E vai chegando ao meio
Aí começo a pensar que nada tem fim..."
O avesse dos ponteiros - Ana Carolina
Beeijos, LL* fica por aqui.

4 comentários:

  1. Sempre bom estar acompanhada... de um namorado, de um amigo... seja pra ir ao cinema, ou pra ir ao Muzik... sempre bom esquecer do mundo, beber, dançar, fofocar, sair e sair. Mas é necessário que tenhamos um tempo pra nós mesmos, pra sabermos das nossas escolhas, das nossas vontades, dos nossos sonhos. É bom exercitar a mente. É bom passar um dia sozinha, se cuidando e se amando. Uma coisa que eu aprendi, Lu, é que a gente só é amada pelos outros e só consegue oferecer amor quando a gente se ama primeiro. A gente só consegue ser útil aos outros e ser diversão para (e com) eles, se a gente saber se bastar sozinhas também. Somos todos individuais, querendo ou não.

    Beeeijo :*

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  2. ah lu todo mundo tem seu momento de reflexão.. e de solidãoo..
    as vezes é bom e as vezes é pessimo esse momento..
    mas tudo é fase..
    como a fase de nigth que ja estaá dando d+ né?!
    eu concordo
    rs

    =*****

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Oi Luiza!!!
    Legal você ter um blog. O meu é antiguinho antiguinho... Isso aqui é uma delícia, um vício! Dei uma hiper sumida, mas atualizei o "it diva" hoje. Li seu post. Vi uma série de amigas minhas que se encaixam no que você escreveu. Elas se veem da mesma maneira que você, voltando para casa com um vazio absurdo depois das frequentes noitadas. Pensando: e agora? Todas reclamam que acordam no outro dia sem ter aquele alguém para ligar, para encontrar, e ficar em casa abraçadinhos curtindo o relax, fora o cansaço que dizem que sentem. Eu não curto a noite, eu sou do dia! CLARO que acho super legal sair- AS VEZES- mas para mim é AS VEZES mesmo. Acho a noite fria, perigosa, e tem tuuudo aquilo que não quero para minha vida. Tudo é fase. Torço para que você encontre alguém super legal, que te acrescente coisas bacanas, e que te faça extremamente feliz. E que JUNTOS, vcs possam curtir a noite, e ver como é BOM aproveitar o dia e a tarde juntinhos...
    Lendo seu perfil, você fala nas suas contradições. E o mais engraçado é que depois deste post suuper intimista você posta sobre a noite no privilege. Hahahaha! Na hora, fui e reli seu perfil. Contradições...
    Bem, é isso! Vou ver se posto no blog pessoal hoje.
    Beijos, fica com Deus!

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